Quem transita pela rodovia LMG-760, no trecho que liga a BR-262, em São José do Goiabal até Cava Grande, distrito de Marliéria, região do Vale do Aço, já percebe a grande movimentação de máquinas e de operários que executam as obras de pavimentação do trecho, próximo ao Parque do Rio Doce. 
Com 57,1 km de extensão, as obras do trecho estão sendo atacadas a partir de Cava Grande, no sentido da BR-262. A terraplenagem e as obras drenagem superficial foram concluídas nos 6,0 km iniciais. Esses serviços avançam por mais 10,0 km, com operações de desmatamento, terraplenagem, drenagem superficial e execução de bueiros de grota. Prevê-se a pavimentação de 8,5 km até o final deste ano.
A pavimentação da rodovia vai promover a integração entre as regiões do Vale do Aço e a Zona da Mata Mineira, conectando as rodovias federais BR-381 e BR-262. Além de fomentar o desenvolvimento socioeconômico da região, esse tronco rodoviário deverá alavancar o turismo ecológico, especialmente em função do Parque Estadual do Rio Doce, que abriga a maior reserva de Mata Atlântica do Estado de Minas Gerais. Os investimentos somam 120 milhões de reais.
Além da pavimentação do trecho, a obra prevê o alargamento, recuperação e o reforço estrutural de três pontes, e construção de Passagem Inferior na interseção com a rodovia BR-262.
Fauna e flora
As obras são administradas pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DEER/MG), que vem dispensando especial atenção à preservação da fauna e da flora nas áreas que serão impactadas pelas obras. Grande extensão do trecho desenvolve-se na zona de amortecimento do Parque Estadual do Rio Doce, área em que as atividades humanas são restritas, com o objetivo de minimizar os impactos na Unidade de Conservação.
Com esse objetivo, as operações de desmatamento e limpeza são executadas com cuidados especiais para o afugentamento ou resgate da fauna. Os animais resgatados são identificados, avaliados quanto à integridade física e soltos em áreas de matas adjacentes ao local das obras.
Com relação à vegetação, em função da presença de inúmeras espécies raras e endêmicas, botânicos e outros profissionais habilitados promovem a coleta de exemplares que são encaminhados às unidades de conservação.
O empreendimento foi planejado pelo DEER/MG, juntamente com os órgãos ambientais, de maneira a minimizar os impactos ao meio ambiente. Dessa forma, o resgate da fauna e coleta da flora são importantes ações para a preservação e melhor conhecimento da biodiversidade local.
Ainda em termos de proteção ambiental, o projeto prevê a implantação de duas variantes, para a preservação das lagoas do Jacaré e do Baianinho (Aguapé), que compõem o sistema lacustre do Rio Doce.

 Fotos: DEER/MG

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